Lucas Ragazzi
O distanciamento da campanha de Carlos Viana (Podemos) em relação aos principais interlocutores do Podemos em Minas tem gerado dúvidas sobre a atuação da legenda na eleição da capital. A “ruptura” entre as partes é resultado da disputa, ainda em andamento, na escolha da vice do candidato: Viana queria a líder comunitária Kika da Serra, enquanto o partido escolheu, e venceu, a ativista social Renata Rosa.
Curiosamente, Viana e Renata Rosa parecem manter campanhas diferentes. Na semana passada, Rosa chegou a divulgar um vídeo pedindo votos mas, em hora alguma, citou o nome do senador licenciado. Viana também manteve agendas em público e não levou a ativista, mas esteve acompanhado de sua “vice particular”, Kika da Serra.
A agenda da chapa continua confusa. O senador não possui compromissos de campanha nesta terça-feira (20) e nem na quarta (21): segundo a assessoria, Viana só possui “despachos internos”. Já Renata Rosa, nesta terça, visita a lideranças Bairro Aparecida e São Francisco e, às 20h, participa do lançamento da candidatura a vereador de Christian Aquino – filho da deputada federal Nely Aquino.
Entre interlocutores, existe a dúvida se o desconforto geral na campanha do senador pode levar a medidas mais drásticas. Outro ponto é entender se a chamada “Família Aro”, grupo político liderado pelo secretário Marcelo Aro, e que tem no Podemos um de seus principais núcleos, seguirá fazendo campanha e pedindo votos à candidatura de Viana. Ao todo, a “família” possui mais de 200 candidatos à Câmara Municipal em todas as regiões de Belo Horizonte. Sem essa estrutura, a candidatura do senador licenciado pode sofrer certo baque.
