Ameaçado de ser expulso do PSB em 2022, partido do vice Geraldo Alckmin na chapa de Lula (PT), por ter pedido votos e feito campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o prefeito do município de Cláudio, Reginaldo de Freitas, é candidato a reeleição pelo próprio PSB.
Na época do anúncio da expulsão, feito pelo então presidente do PSB mineiro, o ex-deputado federal Vilson da Fetaemg, o partido havia determinado que todos que tivessem pedido votos a Bolsonaro seria retirados. Apesar da punição partidária, Freitas, aparentemente, mantém a visão: a identidade visual de sua campanha à reeleição é verde e amarela e lembra bastante as peças publicitárias de Bolsonaro.
O Fator apurou que, na realidade, Freitas não chegou a ser expulso. Na época do pronunciamento do PSB, a filiação dos prefeitos chegou a ser suspensa – mas cada caso seria analisado individualmente. Pouco tempo depois, a presidência do PSB saiu de Vilson da Fetaemg e foi para Mário Assad, em meio ainda aos processos formais de expulsão. No caso de Reginaldo, ele nunca foi efetuado.
Na época, além de Reginaldo Freitas, outros dois prefeitos mineiros foram, entre aspas, expulsos do PSB: Edson Vilela, da cidade de Carmo do Cajuru, e Maria Imaculada Dutra, de Manhuaçu. Eles de fato deixaram o partido.
A propósito, Edson Vilela escolheu como seu sucessor em Carmo do Cajuru o candidato Ricardo Nogueira, do Avante, e, embora expulso do PSB, o candidato apoiado por Vilela traz em sua coligação o apoio da sua antiga legenda.