Falta de vacinas atinge municípios de todas as regiões de Minas, aponta pesquisa da AMM

Associação de prefeituras realizou levantamento e encontrou quadro que gera temor
A AMM realizou a pesquisa entre os dias 3 e 5 de setembro, consultando prefeitos e gestores de saúde de 211 municípios mineiros. Foto: Divulgação/Agência Brasil
A AMM realizou a pesquisa entre os dias 3 e 5 de setembro, consultando prefeitos e gestores de saúde de 211 municípios mineiros. Foto: Divulgação/Agência Brasil

Pesquisa conduzida pela Associação Mineira de Municípios (AMM), obtida por O Fator nesta sexta-feira (6), revelou uma situação alarmante no estado de Minas Gerais: a escassez generalizada de vacinas em municípios de todas as regiões do Estado.

Detalhes da Pesquisa

A AMM realizou a pesquisa entre os dias 3 e 5 de setembro, consultando prefeitos e gestores de saúde de 211 municípios mineiros. O resultado foi unânime: todos os municípios participantes relataram a falta de pelo menos um tipo de vacina.

  • Vacina contra Varicela: A mais crítica, com 93% dos municípios relatando falta deste imunizante.
  • Vacina Meningocócica Conjugada Grupo C: Ausente em 54,4% das cidades pesquisadas.
  • Vacina COVID XBB: Indisponível em 52% dos municípios, um dado preocupante considerando a importância da imunização contra as novas variantes do coronavírus.
  • Vacina Tríplice (DTP): Em falta em 25,7% das localidades, comprometendo a proteção contra difteria, tétano e coqueluche.
  • Vacina contra a Raiva em Cultura Celular/Vero: Ausente em 15,2% dos municípios, uma situação séria considerando a letalidade da doença.
  • Outros imunizantes também apresentam escassez significativa, como a vacina contra Hepatite A (28,1% de falta) e a vacina contra Febre Amarela (4,7% de ausência), esta última especialmente preocupante em um estado com áreas de risco para a doença.

Impactos e Preocupações

O presidente da AMM e prefeito de Coronel Fabriciano, Dr. Marcos Vinicius (PL), expressou preocupação com a situação. “Se não houver a regularização da distribuição das vacinas aos municípios, podemos ter um surto de várias doenças em Minas Gerais”, alertou o médico.

Os gestores municipais relataram diversos problemas, incluindo:

  • Dificuldades significativas nas aplicações devido à falta crônica de vacinas específicas
  • Impacto negativo na imunização e cobertura vacinal
  • Atrasos no abastecimento, variando de quatro meses a até dois anos em alguns casos
  • Perda de oportunidades de vacinação, resultando em atrasos nos cartões de vacinação das crianças

Ações e Respostas

A AMM já tomou medidas para abordar esta crise:

  1. Um ofício foi protocolado junto ao Ministério da Saúde em 2 de setembro, solicitando explicações.
  2. A associação planeja enviar os resultados da pesquisa ao Ministério, esperando sensibilizar as autoridades sobre a gravidade da situação.

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