A investigação do MPF por uma obra de arte desaparecida no Aeroporto de Confins

Painel de artista belo-horizontina era exposto mas se perdeu parcialmente após obras
Peça ficava exposta no aeroporto, mas foi parcialmente "perdida". Foto: BH Airport / Divulgação
Peça ficava exposta no aeroporto, mas foi parcialmente "perdida". Foto: BH Airport / Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) abriu investigação para descobrir o paradeiro de parte de uma obra de arte que estava exposta no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte.

A obra é da artista belo-horizontina Maria Helena Andrés e teve, segundo denúncia prévia enviada ao MPF, suas partes laterais extraviadas “durante o processo de privatização e reforma do aeroporto”. A obra, que estava exposta ao público, agora se encontra incompleta, levantando preocupações sobre a preservação do patrimônio cultural.

O MPF instaurou um Inquérito Civil para apurar o possível extravio de metade do painel, com o objetivo de checar se houve lesão ao patrimônio cultural.

A concessionária BH Airport, empresa responsável pela administração do aeroporto, foi questionado pelo procurador Helder Magno sobre o caso. O MPF estabeleceu um prazo de 30 dias para resposta.

A investigação busca não apenas localizar as partes faltantes da obra, mas também entender as circunstâncias que levaram ao seu desaparecimento e avaliar possíveis responsabilidades.

Procurada pela reportagem, a assessoria da BH Airport pontuou que “o painel original intitulado Plataforma Espacial, da artista Maria Helena Andrés, está exposto no check-in 1 do terminal internacional mineiro e encontra-se devidamente preservado nas condições em que foi recebido pela concessionária em 2014: já com a ausência de suas partes laterais. A artista foi informada na época e está ciente dos danos. O BH Airport reafirma seu compromisso com a preservação e promoção do patrimônio artístico exibido em seu terminal”.

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