Os novos procuradores do MPF para os casos de Mariana e Brumadinho

Novo chefe dos casos da barragem de Fundão atuou no caso e questionou acordo de 2016
A barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu em novembro de 2015 matando 19 pessoas e gerando um dano ambiental ainda incalculável. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
A barragem de Fundão, em Mariana, se rompeu em novembro de 2015 matando 19 pessoas e gerando um dano ambiental ainda incalculável. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Os processos federais dos rompimentos da barragem de Mariana e de Brumadinho têm, agora, novos procuradores responsáveis no Ministério Público Federal (MPF) em Minas.

No caso de Mariana, chega o procurador Eduardo Aguiar. Já para Brumadinho ficará responsável o procurador Bruno Nunes. Os dois atuavam em Lagoa Santa. As mudanças surgem após efetivação de concurso de remoção que precedeu a chegada de procuradores mais novos.

A propósito, o novo procurador para os casos de Mariana tem histórico no processo: em 2015, Aguiar integrou a força-tarefa que investigou o rompimento da barragem de Fundão e, no ano seguinte, foi um dos signatários do recurso feito pelo MPF questionando o acordo de reparação assinado pelo poder público com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton – o mesmo acordo que, agora, está sendo refeito.

Na época, Aguiar pontuou que o MPF não concordava com boa parte dos termos e a forma que o acordo havia sido construído.

No acordo de 2015, construído pelo governo Dilma e pela gestão Fernando Pimentel em Minas, as empresas ficariam responsáveis por criar um fundo de R$ 20 bilhões para recuperar a Bacia do Rio Doce em 15 anos. Segundo o MPF, em nota de 2016, acordo priorizava “a proteção do patrimônio das empresas em detrimento da proteção das populações afetadas e do meio ambiente”.

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