A deputada federal Duda Salabert (PSD) vem atuando como uma espécie de Pablo Marçal na campanha eleitoral pela prefeitura de Belo Horizonte deste ano. A todo instante acusa o prefeito Fuad Noman (PSD) de ser, em tese, cúmplice de máfias diversas – transporte, lixo e lagoa da Pampulha.
Duda diz que “A máfia da Pampulha mantém a lagoa suja porque interessa”. Diz que “Há uma máfia no transporte público da cidade”. E afirma que há, também, “Uma máfia que atua na coleta de lixo da capital”. A deputada jamais apresentou provas, mas garante que, se eleita, irá revisar os contratos e que Fuad “Tem muita chance de ser preso”.
Ocorre que ela – ou eu e você, leitor amigo, leitora amiga – pode, a qualquer tempo, através dos canais legais e competentes, pedir acesso a estes tais contratos mafiosos. Ela, sendo uma parlamentar, então, nem se fala. Aliás, tendo ciência dessas máfias, me pergunto: por que, até hoje, nada fez?
Modus Operandi
Duda também já acusou Fuad de ser “o prefeito motosserra”, supostamente por mandar cortar árvores indiscriminadamente. Contudo, Belo Horizonte recebeu o título de Cidade Árvore do Mundo, pelo programa Tree Cities of The World, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela organização americana Arbor Day Foundation.
Ano passado, a parlamentar proferiu duras palavras sobre o atual presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), o vereador e também candidato Gabriel Azevedo (MDB) “’Vi de perto o jogo sujo desse vereadorzinho”. Ou seja, não é a primeira vez que se comporta dessa maneira.
O arruaceiro, travestido de candidato, Pablo Marçal, dentre tantas baixarias e agressões, vive acusando o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, de ser criminoso, e promete que o mesmo será preso caso vença a eleição em outubro. Como Duda, jamais apresentou provas. Como Duda, jamais pediu investigação formal de algum contrato da prefeitura paulistana. Como Duda, apenas optou pelo caminho da ameaça como caça níquel eleitoral. É lamentável esse tipo de postura.