Classificados para a disputa em segundo turno na corrida à Prefeitura de Belo Horizonte, as equipes de Bruno Engler (PL) e Fuad Noman (PSD) já têm estratégias traçadas para o confronto direto, no próximo dia 27: buscar o centro político e o espólio dos outros candidatos — o que, no caso da equipe Fuad, passará passar por impedir uma associação direta dele ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Engler, o mais votado no primeiro turno, tem o apoio do grupo bolsonarista e de figuras conhecidas da direita mineira, como o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), mas deve adotar um tom ainda mais “centrista” na nova etapa da eleição.
Na avaliação interna da campanha, Engler precisa mostrar um perfil mais técnico e moderado, mas recorrerá ao ex-presidente Jair Bolsonaro e lideranças do campo conservador, sobretudo caso haja mudança de rota na campanha de Fuad a partir de eventuais aparições de Lula.
Um ponto já é certo: o PL quer o governador Romeu Zema declarando voto a Engler em BH. Ainda não é certo se o Novo tomará um lado no segundo turno. No primeiro turno, o partido esteve com Mauro Tramonte (Republicanos).
Fuad quer apoio orgânico da esquerda
Do outro lado, a campanha de Fuad espera um apoio orgânico de setores da esquerda. Alas de partido como a Rede Sustentabilidade, o PCdoB e o PV, cabe lembrar, defenderam o voto no candidato à reeleição já no primeiro turno.
Em que pese o desejo pelo apoio dos eleitores à esquerda nas urnas, a equipe do PSD quer evitar que Fuad seja visto como um representante da “estrela” do PT. A avaliação é que uma associação direta do prefeito a Lula poderia beneficiar as táticas do adversário Engler.