A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) foi incluída pelo governo federal na relação de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão — a chamada “lista suja”. O documento, divulgado nessa segunda-feira (7) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, cita a Cemig Distribuição S.A., um dos ramos da estatal mineira.
A decisão do governo federal é contestada pela Cemig. Questionada por O Fator, a empresa pública afirmou que o caso está ligado a uma empresa terceirizada que não tem mais vínculo com a estatal. A energética afirmou, ainda, ter recebido com “surpresa e indignação” sua presença na lista.
De acordo com a “lista suja”, 179 empregados ligados à Cemig teriam sido submetidos a situações precárias de trabalho. O caso foi julgado procedente pelo Ministério do Trabalho em 2014, mas a companhia só entrou no material do governo federal nesta semana.
O documento é atualizado semestralmente. A mais recente versão do documento incluiu 176 empresas suspeitas de práticas trabalhistas irregulares.
A Cemig, por sua vez, prometeu tentar reverter a menção na “lista suja”.
“A companhia esclarece que a autuação em 2013 envolveu empregados da empresa CET Engenharia, que não possui mais contrato com a Cemig, que a condenou em processo administrativo punitivo. A Companhia destaca que não há condenação que permita a sua inclusão no cadastro e informa que tomará todas as medidas judiciais cabíveis”, afirmou a estatal.