O vereador Bruno Miranda (PDT), líder do governo Fuad Noman (PSD) na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), tem enfrentado um impasse surgido por causa das articulações sobre a disputa pela presidência da Casa. Interlocutores ligados ao grupo que apoia a candidatura de Juliano Lopes (Podemos), irritados com o que seria um “sumiço” de Miranda nas conversas sobre a eleição para a Mesa Diretora.
A insatisfação dos aliados de Lopes está relacionada ao fato de, até aqui, Miranda não ter desmentido, nem confirmado, as possibilidades de que possa ser candidato a presidente da Casa e disputar contra o parlamentar do Podemos
Para piorar, segundo interlocutores desse grupo, Bruno Miranda teria acenado, nas semanas anteriores, que toparia caminhar pela candidatura de Juliano Lopes. A ausência em uma reunião na última segunda-feira (28), quando 23 vereadores eleitos declararam a Lopes e a falta de declarações a respeito das especulações sobre a disputa, têm sido vistas como uma espécie de “traição” do pedetista.
Por outro lado, o líder de Fuad na Câmara também foi colocado em situação delicada. Pelo que O Fator apurou, a ideia do parlamentar era alinhar um planejamento para construir a candidatura de Juliano Lopes em conjunto com a base de governo e com o aval da prefeitura. Só que a reunião que lançou a candidatura de Lopes teria repercutido mal com Miranda e o Executivo, uma vez que o grupo possui a presença da oposição ao prefeito na Casa – especificamente, parlamentares do Novo e do PL.
O receio de aliados da prefeitura é que a construção em conjunto com a oposição, e sem a participação de boa parte da base, poderia gerar acordos para incluir projetos do Novo e do PL na pauta da Casa, dificultando a vida do Executivo na relação com o Parlamento.
A eleição para a Mesa Diretora da Câmara de BH vai ocorrer no dia 1º de janeiro.