A ação judicial movida pelo vereador belo-horizontino Wagner Messias, o Preto, do União Brasil, para tentar cassar a colega de partido Janaína Cardoso, abriu uma crise na legenda. Nesta sexta-feira (15), Janaína afirmou a O Fator que não pretende comparecer a uma reunião entre integrantes do União Brasil e o prefeito Fuad Noman (PSD) caso Preto esteja presente. A agenda está marcada para segunda-feira (18).
Preto, que não conseguiu se reeleger e será o primeiro suplente da legenda na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) a partir do ano que vem, acusa Janaína de ter se apropriado, em setembro deste ano, de serviços promovidos pela “Carreta da Saúde”, unidade móvel que oferece atendimentos médicos a cidadãos.
Ainda conforme Preto, a carreta ficou estacionada no Point Barreiro, espaço público municipal na Praça Modestino de Sales Barbosa. O veículo oferecia exames de mamografia, oftalmologia e ultrassonografia, além da distribuição gratuita de óculos. Segundo a ação, cabos eleitorais de Janaína abordaram os interessados em usufruir dos serviços médicos citando uma parceria entre a candidata e o Instituto Álvaro Antônio, responsável pela operação da carreta.
Janaína Cardoso, que diz ainda não ter sido formalmente notificada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sobre a ação, emitiu nota para afirmar que sua campanha foi pautada pela legalidade.
“A vereadora reafirma que sua campanha eleitoral foi conduzida em total conformidade com a legislação, sempre respeitando as normas e diretrizes impostas pelas autoridades eleitorais. Em toda sua trajetória política, Janaína Cardoso priorizou a ética e a transparência em cada etapa de seu mandato”, lê-se em trecho do texto.
O União Brasil, cabe lembrar, fará parte da base aliada a Fuad. O partido abriga o vice-prefeito eleito, Álvaro Damião, hoje colega de Janaína e Preto na Câmara Municipal.