A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) vai investigar a suspeita de que o rompimento da barragem da Lagoa do Nado, ocorrido no dia 11 de novembro, possa ter sido resultado de uma ação deliberada. O Fator apurou que um elemento técnico crucial para o funcionamento da estrutura foi encontrado em posição irregular no momento do incidente.
Segundo fontes, o stop log — dispositivo que controla o nível de água da barragem — havia sido previamente removido devido ao início do período chuvoso, mas foi encontrado reinstalado no dia do rompimento. A presença do equipamento reduziu a vazão da água, causando um acúmulo acelerado durante as chuvas que atingiram a região.
A prefeitura deve instaurar nos próximos dias uma sindicância para apurar as circunstâncias do incidente.
O rompimento causou o esvaziamento completo da lagoa, que possui área equivalente a 14 campos de futebol. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente coordenou o resgate de 613 animais, incluindo peixes, tartarugas e aves que habitavam o local.
A estrutura, localizada no bairro Itapoã, região da Pampulha, não apresentava risco de rompimento segundo laudos anteriores da PBH. O parque, que é uma importante área de preservação ambiental da capital mineira, permanece fechado para visitação.
A Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) também acompanha o caso através de uma comissão especial, que fará visitas técnicas ao local para averiguar as causas do rompimento e seus impactos ambientais.