Júlio Soares
Um dos decanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT) diz que, nos corredores da Casa, a possível privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) é considerada “mais viável” do que a venda de ações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Os projetos sobre a desestatização das duas empresas foram protocolados na semana passada.
“Os debates sobre a privatização da Copasa estão mais avançados. Caberá ao governo mostrar, tanto para os deputados quanto para a população, que as privatizações garantirão melhorias concretas a nosso estado”, afirma, a O Fator.
Alencar está no oitavo mandato consecutivo e, ao lado de Gil Pereira (PSD), é o mais experiente parlamentar em termos de presença em diferentes legislaturas.
Segundo Alencar, o exemplo vivido pelo estado de Goiás, que teve problemas com a energética italiana Enel – a mesma que enfrentou problemas de abastecimento em São Paulo (SP) – precisa servir de alerta para Minas Gerais.
No ano passado, após forte pressão do governo goiano e de uma série de falhas no fornecimento de luz – que culminaram na instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) –, a Enel vendeu seus ativos em solo goiano para a Equatorial Energia.
“Nós já vimos em Goiás um exemplo do que não deve ser feito. Acredito que em Minas Gerais o processo será diferente, e vejo hoje um sentimento de que as privatizações são uma saída para melhorar o atendimento da população. Eu penso que, caso as privatizações sejam bem conduzidas, pior do que está, não fica”, aponta o pedetista.
