Ex-servidora do governo de MG terá que devolver R$ 141 mil por criar ‘estagiários fakes’ para desviar repasses

Funcionária da Secretaria de Segurança inventou cadastros para receber o dinheiro
Desde o meio de 2023, a regra é que o prefeito sempre esteja acompanhado de um deputado estadual para manejar uma agenda dentro do Estado
Em caso de descumprimento, o acordo prevê multa de 20% sobre o saldo devedor. Foto: Divulgação

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) firmou um acordo de não persecução civil com a ex-servidora F. S. M., ex-funcionária da Secretaria de Estado de Segurança Pública, que inseriu dados falsos no sistema de cadastro de estagiários entre maio de 2016 e outubro de 2018 para desviar repasses de pagamentos de bolsas de estágio.

Segundo o acordo assinado, a ex-servidora, que atuava na Diretoria de Administração de Pessoal, “valendo-se de acesso autorizado ao sistema de cadastro de estagiários e terceirizados da Superintendência de Recursos Humanos […], inseriu dados falsos e apropriou-se dos valores referentes à bolsa de estágio” de nove estagiários fictícios.

A fraude resultou em um prejuízo de R$ 141.028,50 aos cofres públicos. No acordo firmado com o promotor de justiça Fabio Finotti, titular da 17ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, a ex-servidora “assume total responsabilidade pelos fatos que ensejaram a apuração no âmbito do Inquérito Civil”.

Pelo acordo, a ex-servidora se compromete a:

  • Restituir integralmente o valor de R$ 141.028,50, em parcelas equivalentes a meio salário mínimo
  • Não ocupar cargo público nem trabalhar em órgão público por 10 anos
  • Disponibilizar como garantia sua meação em um imóvel de 1.000 m² em Jaboticatubas, avaliado em R$ 33.000,00

Em caso de descumprimento, o acordo prevê multa de 20% sobre o saldo devedor e a impossibilidade de celebrar novo acordo pelo prazo de cinco anos. O documento estabelece ainda que o Ministério Público poderá levar o título executivo a protesto na comarca de Belo Horizonte.

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