Júlio Soares
Enquanto o prefeito Fuad Noman (PSD) segue de licença médica, internado em um hospital da região Centro-Sul de Belo Horizonte, o vice-prefeito Álvaro Damião (União) inicia o governo atuando em duas frentes. A primeira é assumir interinamente as atribuições do chefe do Executivo. Nesta semana, Damião reuniu-se com os secretários mais influentes do núcleo político da prefeitura, e visitou também o Centro Integrado de Operações da capital (COP-BH) para avaliar os impactos das chuvas das últimas semanas na capital.
A segunda é a montagem do governo. Nesta quarta-feira (8), foram publicadas no Diário Oficial do Município as nomeações de quinze assessores no gabinete do vice-prefeito. Entre os nomes definidos para compor a assessoria de Damião, está Adriano Feital Motta de Jesus, ex-chefe de gabinete do ex-vereador de Belo Horizonte Ronaldo Batista de Morais. Em agosto de 2024, Batista foi condenado a 26 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato do sindicalista e ex-vereador de Funilândia, Hamilton Dias de Souza. O crime ocorreu em julho de 2020.
O chefe de gabinete de Álvaro Damião, Guilherme Catunda Daltro, foi nomeado nesta terça-feira (7). Daltro já havia atuado enquanto chefe de gabinete de Damião em seus mandatos na Câmara Municipal.
Articulações em curso
Interlocutores da prefeitura esperam que, ainda nesta semana, sejam oficializadas mudanças no primeiro escalão do governo. Partidos como PT, PSDB, PDT, PV, PCdoB e Cidadania seguem disputando espaço em cargos estratégicos. A posição dos vereadores e de suas respectivas legendas na eleição do presidente da Câmara, vereador Juliano Lopes (Podemos), será um dos ingredientes que irão influir na composição da gestão recém-iniciada.
