Júlio Soares
As semanas de licença médica do prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) culminaram em uma divisão nos corredores da Prefeitura de Belo Horizonte. De um lado, estão os servidores indicados pelo chefe do Executivo no primeiro mandato, que esperam pela recuperação definitiva do prefeito para que as decisões mais importantes sejam tomadas, principalmente quanto à composição do novo secretariado. Do outro, um grupo mais próximo ao vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil), que defende que a administração municipal não pode seguir sendo conduzida de forma interina.
Os nomes ligados ao vice-prefeito se articulam para que todo o secretariado esteja composto até o início de fevereiro, e não após o carnaval, conforme solicitado nesta semana por aliados de Fuad durante um encontro com Damião. Na mesma toada, lideranças com trânsito no Congresso Nacional fizeram chegar, ao vice-prefeito, um pedido para frear as mudanças na estrutura da gestão belo-horizontina até que a situação médica de Fuad esteja definida, uma vez que, por enquanto, o prefeito segue internado, se recuperando de problemas respiratórios
Não há martelo batido, por exemplo, sobre o responsável por assumir a secretaria municipal de Governo. Ainda não há consenso para definir se o titular da pasta será um nome mais ligado a Fuad ou se será um aliado de Damião. Por ora, o setor é liderado provisoriamente pelo chefe de gabinete do vice-prefeito, Guilherme Daltro.
Como O Fator já detalhou, os cargos criados com a aprovação da reforma administrativa serão preenchidos a partir de fevereiro, mas até o momento não há definição sobre quando será integralmente anunciado o primeiro escalão do segundo governo Fuad Noman (PSD). Lideranças de partidos que apoiaram a reeleição do prefeito também estão em compasso de espera e têm feito reuniões com representantes da prefeitura para apontar os espaços que querem ocupar no poder Executivo.
