Base de Fuad quer aproveitar início de ano para reagrupar aliados na Câmara de BH

Após revés na eleição pelo comando da Casa, grupo governista traça estratégia para aumentar leque de apoios
O vereador Bruno Miranda, do PDT
O vereador Bruno Miranda, do PDT. Foto: Cristina Medeiros/CMBH

A volta aos trabalhos dos vereadores de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (3), foi marcada por tranquilidade entre os integrantes da base aliada ao prefeito Fuad Noman (PSD). Após a derrota de Bruno Miranda (PDT) na disputa com Juliano Lopes (Podemos) pela presidência da Câmara Municipal, houve fissuras expostas na relação com o Legislativo. Agora, sem projetos considerados prioritários para o Executivo no radar, o discurso é de reaglutinar os aliados.

“O governo irá ganhar mais respaldo dos vereadores no dia a dia. Neste momento, não há da parte da Prefeitura a apresentação de projetos mais ‘estratégicos’. Vamos aproveitar este período para ampliar as conversas com os grupos. Tenho certeza que teremos maioria nos projetos que forem importantes para a cidade”, disse Bruno Miranda, reconduzido ao posto de líder de governo, em conversa com O Fator.

O nome do novo vice-líder de governo, entretanto, ainda não está definido. Até dezembro, o posto era ocupado por Wagner Ferreira (PV), um dos entusiastas da campanha que levou Juliano Lopes ao comando do Legislativo belo-horizontino. 

Do lado da oposição, a projeção é de uma relação programática com a Prefeitura de BH. Filiado ao PL, principal partido do bloco antagônico a Fuad, o novo secretário-geral da Mesa Diretora da Câmara, Pablo Almeida, afirmou que a legenda não indicará nomes para cargos no Executivo.

“Não queremos ter nada que nos ligue obrigatoriamente ao governo. Nossa bancada é de representação e independência. Sempre que a prefeitura apresentar bons projetos para Belo Horizonte, votaremos a favor. Caso algum projeto represente o interesse apenas de minorias, nos posicionaremos contra”, afirmou.

Nome de consenso

O decreto assinado na última semana pelo prefeito em exercício Álvaro Damião (União) para entregar, ao secretário de Relações Institucionais, Paulo Lamac (Rede), o papel de liderar os diálogos da Prefeitura com a Câmara, foi bem recebido pela maioria dos vereadores.

Parlamentares de partidos como PT, Novo, PCdoB, PRD e PV foram unânimes em afirmar que Lamac tem experiência política suficiente para ocupar o cargo, e que, a princípio, sua escolha foi um acerto do Executivo.

Ex-vice-prefeito e ex-deputado estadual, Lamac integra o grupo político de Fuad Noman. Embora a pasta de Relações Institucionais tenha recebido protagonismo na relação com o Legislativo, outra parte das atribuições ligadas às conversas com os vereadores ficará sob o guarda-chuva da Secretaria de Governo, chefiada interinamente por Guilherme Daltro, chefe de gabinete de Damião.

Mulheres definem presidente de comissão

Ainda nesta segunda-feira, a Comissão de Mulheres, único colegiado  da Câmara de BH que ainda não tinha tido sua presidência definida, bateu o martelo sobre o tema. O posto ficará a cargo de Loíde Gonçalves, do MDB.

As articulações que culminaram na escolha de Loíde foram lideradas por Flávia Borja (DC), que ficou com a liderança da Bancada Cristã. A ideia é ter, na presidência da Comissão de Mulheres, uma parlamentar ao centro do espectro político. 

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