Lucas Ragazzi
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), e o secretário de Estado de Governo, Marcelo Aro, se reuniram nesta quinta-feira (27) para tratar dos projetos de prioridades do governo Zema na Casa. O encontro chamou atenção pela postura mais conciliadora do secretário, que havia sido criticado por parlamentares por sua linha dura no início da gestão.
O Fator apurou que Aro apresentou ao presidente da Casa três pautas prioritárias para o governo: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que barra consulta popular para privatização, a privatização de Copasa e Cemig e a adesão ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que inclui a preparação de outras empresas estatais para federalização.
Na reunião, o secretário reiterou estas prioridades, mas deixou claro ter “plena consciência da autonomia do Legislativo em analisar cada caso”. A mudança de postura ocorre após um início de gestão em que Aro chegou a exigir fidelidade dos deputados da base governista.
Na semana passada, deputados estaduais relataram certo desconforto após reunião com o secretário, quando Aro apontou acreditar na existência de somente três grupos na Casa: base do governo, oposição e “traidores”. Depois do episódio, uma percepção na Assembleia é que o novo chefe da pasta de Governo tem adotado nova postura nas conversas com parlamentares.
O encontro com o presidente Tadeu Leite ocorreu apenas dois dias após Aro se reunir com presidentes de importantes comissões da ALMG.
No dia de sua posse como secretário, na última quinta-feira (27), Aro já havia enfatizado o respeito à independência da ALMG. “Nós queremos cooperar com o presidente Tadeuzinho e esperamos dele uma cooperação com as pautas importantes para o governo. A fala dele não poderia ser diferente. O único cargo que o Estado possui na Assembleia é o de líder de governo, e ele está coberto de razão”, declarou Aro na ocasião, corroborando declaração anterior de Leite de que “a definição de comissões cabe exclusivamente aos deputados”.
