Vereadores vão esperar primeiros atos de Damião para redefinir relação com a Prefeitura de BH

Câmara Municipal adota compasso de espera após morte de Fuad Noman, nesta quarta-feira (26)
Álvaro Damião
Damião vem exercendo o posto de prefeito interino de BH desde o início de janeiro, quando Fuad Noman foi internado pela última vez. Foto: Rafaella Ribeiro/CMBH

O novo prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União Brasil), que assumirá o cargo por causa da morte, nesta quarta-feira (26), de Fuad Noman (PSD), terá tempo para montar sua equipe de governo e anunciar as primeiras ações da prefeitura até que a relação com a Câmara Municipal seja “atualizada”. Essa é a avaliação de integrantes de diferentes grupos políticos do Legislativo belo-horizontino.

O líder do PT, vereador Pedro Patrus, diz que, a princípio, a interlocução do partido com a administração não sofrerá alterações. “Nós temos uma boa relação com o Damião, mas neste momento o mais importante é manifestar a nossa solidariedade à família do prefeito Fuad”, afirmou.

Segundo Wanderley Porto (PRD), integrante de um bloco parlamentar formado por vereadores de PV, Solidariedade, Cidadania e do próprio PRD, as próximas semanas não preveem a análise, no plenário da Câmara, de projetos considerados relevantes para a prefeitura. O cenário, segundo Porto, contribuirá para que Damião ganhe tempo na composição de um possível novo secretariado.

“Damião sempre foi reconhecido como um político do diálogo no período em que era vereador. Acredito que essa será sua marca também enquanto prefeito. Nós, que integramos a base do governo, estamos prontos para ajudar nos projetos que forem de interesse da cidade”, pontuou.

Secretário-geral da Câmara, o vereador Pablo Almeida, do PL, partido de oposição, defende a necessidade de esperar a posse de Damião como prefeito para retomar os diálogos com a gestão municipal.

“Nosso pensamento hoje é de prestar nossas condolências aos familiares do prefeito Fuad. Mais para frente, vamos reavaliar o novo desenho político da prefeitura”, indicou.

Fim da interinidade
Damião vem exercendo o posto de prefeito interino de BH desde o início de janeiro, quando Fuad Noman foi internado pela última vez. De lá para cá, o Executivo freou, por exemplo, a nomeação de eventuais novos secretários, à espera do retorno do pessedista.

Fuad, entretanto, faleceu por causa de complicações advindas de um linfoma não Hodgkin, câncer oriundo do sistema linfático. Nessa terça-feira (25), horas antes da morte, o prefeito sofreu uma parada cardiorrespiratória.

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