As negociações entre o governo de Minas e os professores da UEMG nunca estiveram tão frias. O Executivo tem ignorado o agendamento de uma reunião com os docentes para discutir as tratativas.
A reportagem apurou que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) ainda não respondeu a solicitação de um novo encontro. O pedido foi enviado na última segunda-feira pela Associação dos Docentes da Uemg (Uemg).
Os professores da universidade estão em greve desde o dia 2 de maio.
Reivindicações
Reajuste salarial, aumento no orçamento da universidade e cumprimento do acordo de greve homologado em 2018 estão entre as demandas dos sindicalistas: “Esse acordo nunca foi cumprido pelo governo do Estado”, afirmou o professor Douglas Angeli.
O docente ainda afirma que a Uemg perdeu cerca de R$ 100 milhões de orçamento desde o ano passado: “Além disso, no ranking das universidades estaduais nos Brasil, os professores da unidade recebem o segundo pior salário”, pontua.
Governo
À reportagem, o governo de Minas informou manter diálogo aberto com a Uemg e garante que não faltam recursos.
“O orçamento cresceu 177% entre 2018 a 2023. Buscamos atender as demandas dos servidores e valorizar o importante trabalho prestado por eles ao Estado e à população mineira”, disse em nota.
Ao todo, mais de 20 mil alunos foram afetados pela greve. Em nota, a universidade disse que acompanha a paralisação de perto, mas ressaltou que os trabalhos estão sendo conduzidos pelos professores.