A cidade de Congonhas, na região Central de Minas, enfrenta um drama político. O prefeito Cláudio Dinho (PSD) é acusado de desviar recursos públicos e pode ser cassado.
O processo de impeachment foi aberto ontem na Câmara Municipal. Cláudio negou o rombo e disse que o trâmite é ilegal.
Detalhes
A decisão é baseada em indícios de irregularidades identificadas por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que tramitaram na Câmara. Os vereadores investigam supostas falhas em obras públicas e possível desvio de recursos para a Associação Pró-Vida, entidade ligada ao prefeito e sua família.
As suspeitas incluem a destinação de recursos para a construção de um hospital e outras parcerias que somam mais de R$ 23 milhões.
“Vamos acompanhar o processo de forma imparcial e conduzi-lo da melhor forma possível”, informou o presidente da Comissão, vereador Lucas Bob
Negou
Cláudio negou as acusações.
“Todas são sem fundamento. Nós temos todos os documentos e pareceres jurídicos. Aguardamos eles provarem as ilegalidades, porque não tem nada disso. O tempo vai mostrar”, disse a O Fator.
Para ele, o trâmite é ilegal.
“Duas CPIs foram instauradas no ano passado e ainda estão abertas. Uma denúncia foi apresentada na Câmara sem que as outras investigações sejam concluídas. Isso é ilegal, pois está sobrepondo a outra”, pontua.
Próximos passos
A Câmara Municipal formou uma Comissão Processante, composta pelo vereador Lucas Bob (PSB), presidente, e Averaldo Pica Pau (PL), relator, além de outros parlamentares. Eles terão 90 dias para concluir a investigação e apresentar um relatório final ao plenário.
Os vereadores decidem no voto se o relatório será aprovado ou rejeitado. É necessário que pelo menos dois terços dos parlamentares — 9 de 13 — sejam favoráveis à denúncia para afastar o prefeito do cargo.