Carlos Viana disse nesta quarta (12) na CCJ do Senado que aqueles favoráveis aos cassinos “já fizeram as contas que vão perder”.
“O adiamento [da votação] está sendo pedido, é a minha visão, porque já fizeram as contas que vão perder”, disse.
“O assunto hoje no País é ‘nós somos contra o jogo’. Sociedades como a nossa, que passam por crises como a que nós estamos passando, de emprego, de trabalho, de ensino, são sociedades que quando têm jogo aberto são sociedades destruídas”, acrescentou.
“Nós estamos nesses últimos anos abrindo o País a uma jogatina absurda. Aprovamos os (sic) bets que já tinham tomado conta da televisão, já tinham tomado conta de tudo. Hoje já se aposta de dentro de casa”.
O projeto para legalizar cassinos foi aprovado na Câmara em uma madrugada em fevereiro de 2022, último ano do governo Bolsonaro, por 246 x 202, e desde então dormiu no Senado.
Votações recentes na CCJ foram adiadas pela ausência do relator, Irajá (PSD-TO), e por um pedido de vista.
Irajá e Flávio Bolsonaro viajaram juntos a Miami e Las Vegas em janeiro de 2020, com diárias pagas pelo Senado em missão oficial, para tratar de assuntos “de turismo e cassinos”, como publicou na época o empresário salvadorenho Mario Guardado, há tempos um lobista pela legalização dos cassinos no Brasil.
Irajá finalmente leu seu parecer hoje, quase esgotando os recursos para adiar a votação.
Eduardo Girão, que é contra os cassinos, pediu para retirar seus requerimentos para atrasar a votação, sinal de que confia que o projeto seria derrotado.
Rogério Carvalho (PT-SE) pediu hoje o adiamento, que foi concedido.