Secretário diz que líder de Zema, condenado por corrupção, vai provar inocência

Gustavo Valadares defendeu o deputado estadual João Magalhães após decisão da Justiça federal
Valadares e Magalhães melhoraram a relação nos últimos meses. Foto: Divulgação/ALMG
Valadares e Magalhães melhoraram a relação nos últimos meses. Foto: Divulgação/ALMG

O secretário de Estado de Governo, Gustavo Valadares, prestou “total solidariedade” ao deputado estadual e líder do governo de Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), João Magalhães (MDB), condenado pela Justiça Federal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Em nota, Valadares apontou que Magalhães é, além de parceiro do governo, um “homem íntegro” e “peça fundamental no relacionamento do Executivo com o Legislativo”. O secretário afirmou, ainda, que o deputado estadual “terá tempo e espaço para apresentar, à Justiça, argumentos que comprovem sua inocência”.

A relação entre Valadares e Magalhães apresentou momentos de turbulência neste ano, mas, nos últimos meses, melhorou. Em março, o líder de Zema na Assembleia chegou a falar, em plenário, que não atenderia mais ligações do secretário. Depois do episódio, os dois passaram a se encontrar mais regularmente e, segundo interlocutores, “estão em paz e trabalhando juntos”.

João Magalhães foi condenado à prisão e à perda de mandato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo que tramita na Justiça Federal. A decisão, de primeira instância, impõe pena de 11 anos e oito meses de prisão a ele e foi expedida no último dia 7 pela juíza Gabriela de Alvarenga Silva Lipienski, no âmbito de uma investigação ocorrida a reboque da Operação João de Barro, que apurou fraude em licitações de prefeituras de diferentes estados brasileiros.

Apesar da sentença, Magalhães não foi cassado, porque a condenação não é definitiva. A ação só será encerrada após o trânsito em julgado, em que há o esgotamento de todas as instâncias recursais. O parlamentar nega as irregularidades.

“As referidas denúncias datam de quase 20 anos atrás e se baseiam em acusações infundadas. Não há nenhum indício de que eu tenha recebido qualquer vantagem indevida – o que será devidamente comprovado através de meus advogados ao longo do processo”, disse.}

Entenda

A denúncia contra o emedebista foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo os autos da ação, Magalhães, deputado federal à época da deflagração da Operação João de Barro, em 2008, apr
esentava emendas ao orçamento da União, destinadas a obras em alguns municípios mineiros.

Após o empenho dos valores, narra o MPF, o parlamentar teria cobrado, dos prefeitos, o pagamento de propina de 10% a 12% da verba, sob pena de redirecionamento das cifras a outros municípios. Na ação, são citadas cidades como Vargem Alegre, Ipanema, Crisólita, Conselheiro Pena, Água Boa, Alpercata, Caldas, Tumiritinga e Jaboticatubas.

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