A alfinetada de Zema em integrantes do Judiciário mineiro

Governador pontuou que ‘nenhum juiz’ esteve na inauguração do espaço de homenagem às vítimas
Zema classificou o episódio como "assassinato em massa" e ressaltou a falta de condenações após seis anos da tragédia. Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG
Zema classificou o episódio como "assassinato em massa" e ressaltou a falta de condenações após seis anos da tragédia. Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez críticas indiretas ao Judiciário durante a inauguração do Memorial Brumadinho, realizada no sábado (25), ao destacar a ausência de juízes no evento que marcou os seis anos da tragédia que vitimou 272 pessoas.

“Faltou, não sei se perceberam, talvez as pessoas mais importantes aqui hoje. Temos gente do executivo, bombeiros que trabalharam, MP que contribuiu muito, associações, mas não temos nenhum Juiz que condenou quem provocou essa tragédia aqui. Infelizmente o Brasil continua sendo o país da impunidade”, afirmou o governador durante seu discurso.

O evento contou com a presença de poucas autoridades, entre elas o procurador-geral de Justiça Paulo de Tarso, o deputado federal Pedro Aiharada (PRD-MG), o prefeito de Brumadinho, Guilherme Morais (PRD), a ex-secretária Luísa Barreto e alguns promotores do Ministério Público de Minas Gerais. A deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL) esteve presente na plateia.

Durante a cerimônia, Zema classificou o episódio como “assassinato em massa” e ressaltou a falta de condenações após seis anos da tragédia. “O Poder Executivo pode aplicar multas e tomar diversas medidas, mas cabe ao Poder Judiciário punir quem tirou 272 vidas”, destacou.

O Memorial e as reivindicações

O Memorial Brumadinho, construído a partir de uma demanda da Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum), foi inaugurado na comunidade do Córrego do Feijão.

O desastre ocorreu em 25 de janeiro de 2019, quando o rompimento da barragem liberou 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos, causando a morte de 272 pessoas e contaminando mais de 300 quilômetros do Rio Paraopeba, com impacto em 26 cidades.

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