Uma articulação liderada por suplentes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) tenta convencer os três deputados estaduais que foram eleitos como prefeitos de suas cidades a renunciarem o mandato ainda em dezembro, antes da posse nas prefeituras.
Pelo que O Fator apurou, a tentativa é para evitar que os três suplentes dos eleitos – Lincoln Drumond (PL), Carol Caram (Avante) e Adalclever Lopes (PSD) – só consigam ser empossados em fevereiro, perdendo, assim, um mês para organizar seus gabinetes. Uma regra do regimento interno da ALMG proíbe a utilização de recursos de verbas de gabinete e eventos nos meses de recesso, como é janeiro.
Neste cenário, se os “deputados-prefeitos-eleitos” só renunciarem em janeiro, com a posse nas prefeituras no dia 1º, seus suplentes só conseguiriam ocupar a cadeira na ALMG a partir do dia 3 de fevereiro.
Os eleitos que deixarão a ALMG em 2025 são: Coronel Sandro, do PL, eleito em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce; Fábio Avelar (Avante) eleito em Nova Serrana, no Centro-Oeste mineiro; e Douglas Melo, do PSD, eleito em Sete Lagoas, na Região Central.
Até aqui, pelo que a reportagem soube, nenhum dos deputados topou a antecipação de suas saídas da Casa. Há uma expectativa, no entanto, que as conversas “mudem de rota” a partir da votação do Orçamento estadual para 2025, previsto para ir a plenário na próxima semana.