A disputa velada pela paternidade da ampliação da verba para o incentivo ao esporte em Minas

Lei que triplica teto de investimentos em projetos esportivos foi sancionada nessa quinta-feira (19), mas capítulo tem ‘spin-off’
Foto mostra atleta de skate em pista no Palácio da Liberdade
Incentivo ao esporte é tema de lei sancionada nesta semana em Minas. Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG

Interlocutores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) não gostaram do tom adotado pelo governador Romeu Zema (Novo) ao anunciar a nova Lei de Incentivo ao Esporte, que triplica o teto financeiro para a captação de recursos para o financiamento de projetos esportivos. Segundo apurou O Fator, nos bastidores do Parlamento, há o entendimento de que Zema “ignorou” o papel dos deputados estaduais na construção do texto, uma vez que a nova norma é fruto de projeto de lei aprovado pela Assembleia.

Na avaliação de fontes ligadas à Assembleia, a dissonância ficou exposta nos posts feitos por Zema e pelo presidente do Legislativo, Tadeu Martins Leite (MDB), para comemorar o aumento das cifras de incentivo ao esporte.

Enquanto o governador destacou o fato de a sanção da nova lei ter sido ação do Executivo, o presidente da Assembleia ressaltou o fato de a proposta ter sido construído pela Assembleia.

O projeto de lei sobre a ampliação do incentivo ao esporte teve sua redação final aprovada pelos parlamentares no início deste mês e, então, seguiu para a sanção de Zema. O texto, do deputado Coronel Henrique (PL), foi apresentado aos deputados em 2019.

Ao anunciar a nova lei, o governo do estado afirmou que, em 2025, as cifras destinadas a projetos esportivos podem chegar a cerca de R$ 80 milhões em 2025, ante R$ 26,5 milhões neste ano.

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