Lucas Ragazzi
Uma doação eleitoral feita quase um mês depois do final do primeiro turno salvou do vermelho as contas de campanha do deputado estadual e candidato Mauro Tramonte (Republicanos) à Prefeitura de Belo Horizonte, no ano passado.
O repasse de R$ 140 mil, via transferência eletrônica, foi feito pelo oftalmologista Breno Tavares no dia 4 de novembro, com Tramonte já fora da disputa – o segundo turno foi entre o reeleito Fuad Noman (PSD) e o deputado estadual Bruno Engler (PL).
O primeiro turno da eleição aconteceu no dia 6 de outubro. O segundo turno ocorreu em 27 de outubro. Não há qualquer ilegalidade em doações feitas após o período de campanha, embora seja incomum, ainda mais com o candidato fora da disputa há semanas.
Sem a doação do médico, a campanha de Mauro Tramonte ficaria com quase R$ 90 mil de dívida. Com o repasse, o deputado apresentou à Justiça eleitoral um saldo positivo de pouco mais de R$ 51 mil.
Tavares, que é cônsul honorário do Malawi no Brasil, é conhecido por atuar em mutirões de cirurgias de catarata pelo interior de Minas Gerais. Parte das campanhas de saúde já foram custeadas por meio de emendas parlamentares.
