Integrantes do PT ainda esperam a realização de conversas que devem definir os espaços que o partido vai ocupar no segundo mandato do prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Segundo apurou O Fator, os debates devem avançar na próxima semana. O primeiro passo será interno, com debates a respeito dos postos que vão contemplar os desejos das diferentes alas da legenda. Depois, o plano é estabelecer o diálogo com interlocutores da prefeitura a fim de levar os pleitos.
De acordo com o que soube a reportagem, há expectativa, também, por conversas individuais dos quatro vereadores da sigla — Pedro Rousseff, Pedro Patrus, Luiz Dulci e Bruno Pedralva — com o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil), homem forte da articulação política do novo governo.
Em que pese a necessidade de conversas com representantes da prefeitura, a cúpula do PT vê como essencial a realização de debates internos a respeito do papel no novo mandato de Fuad. A avaliação é que o fato de o partido ter diversas correntes faz com que haja visões distintas a respeito dos espaços que podem ser ocupados.
Por ora, ainda não há martelo batido a respeito das reivindicações que o PT pretende fazer. O partido, além de ter apoiado a reeleição de Fuad no segundo turno, garantiu quatro votos a Bruno Miranda (PDT) na disputa pela presidência da Câmara Municipal. Candidato da base governista, ele foi derrotado por 23 a 18 por Juliano Lopes (Podemos). O grupo de Juliano, aliás, tentou uma articulação de última hora para atrair o apoio do PT, mas o movimento acabou rechaçado.
No fim do ano passado, antes das internações de Fuad e em meio ao início dos debates sobre a reforma administrativa, uma das hipóteses em debate nos corredores da prefeitura passava pela entrega da futura secretaria de Segurança Alimentar ao PT.