A estratégia por trás do modo ‘freestyle’ de Gabriel Azevedo em debate

Candidato do MDB à PBH tenta buscar votos não consolidados e, para isso, apostou em críticas a quatro rivais
Gabriel Azevedo, Gilson Guimarães e Paulo Brant
Gabriel Azevedo tem o apoio do PSB na disputa pela Prefeitura de BH. Foto: Campanha Gabriel Azevedo/Divulgação

Candidato do MDB à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o vereador Gabriel Azevedo aproveitou o debate dessa quarta-feira (11), na TV Alterosa para fazer críticas a Fuad Noman (PSD), Mauro Tramonte (Republicanos), Bruno Engler (PL) e Rogério Correia (PT), quatro de seus concorrentes na disputa pelo Executivo municipal. 

Nos bastidores, auxiliares definiram como “freestlye” a estratégia adotada por Gabriel ao longo das perguntas e respostas aos rivais. 

Apesar disso, O Fator apurou que a ideia é tentar atrair eleitores que não gostam de nenhum dos outros candidatos. O grupo almejado pela campanha do emedebista não inclui apenas indecisos e potenciais votos nulos, mas também cidadãos que já escolheram um nome por falta de opções consideradas melhores.

A tática adotada por Gabriel ao longo do debate foi criticada por rivais. Em determinado momento do enfrentamento, Rogério Correia chegou a chamar o vereador de “metralhadora giratória”.

Na mais recente pesquisa sobre a disputa em BH, divulgada ontem pela Quaest, Gabriel aparece com 3% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Rogério (5%) e Carlos Viana, do Podemos, que tem 4%. Numericamente atrás, aparecem Wanderson Rocha (PSTU), com 1%, Lourdes Francisco (PCO) e Indira Xavier (Unidade Popular), que não pontuaram.

Duda também mira Fuad

Embora Fuad tenha sido negativamente citado por diversos candidatos pelo fato de ser o prefeito em exercício, Gabriel e Duda Salabert (PDT) foram os que mais fizeram críticas ao pessedista.

No entorno da candidata do PDT, a avaliação é que a participação na disputa pela Prefeitura de BH só faz sentido se for acompanhada por apontamentos a respeito de pontos tidos como fracos na atual gestão.

A campanha de Duda, aliás, tirou pontos positivos do levantamento da Quaest. Em que pese a distância para Tramonte (27%), Fuad (20%) e Engler (16%), a deputada do PDT soma 12%. A avaliação é que o desempenho da parlamentar a coloca como a única candidata do chamado campo progressista com viabilidade para chegar ao segundo turno.

A pesquisa Quaest citada neste texto tem margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento pode ser consultado na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código MG-08280/2024.

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