Lucas Ragazzi
Uma coluna de opinião assinada pelo marqueteiro Leandro Grôppo, que comandou as campanhas de Romeu Zema (Novo) em 2018 e 2022, gerou interpretações de que seria uma crítica indireta à atual gestão de comunicação pessoal do governador de Minas. Em janeiro, o partido Novo contratou Renato Pereira, marqueteiro carioca que atuou com Sérgio Cabral e Aécio Neves, para cuidar da imagem de Zema. Na última eleição, Pereira esteve com José Sarto (PDT), que perdeu a reeleição em Fortaleza (CE).
No texto, publicado no site da agência de Grôppo, o marqueteiro analisa os impactos das redes sociais na política. Ele aponta que plataformas digitais promovem a polarização e priorizam conteúdos polêmicos em detrimento de explicações complexas. Groppo destaca que, apesar da importância da comunicação digital, “o meio (de comunicação) não substitui o fim (o Tripé da Gestão)” e afirma que resultados concretos, e não discursos ou produções visuais, são o que realmente importa para o eleitor.
O texto foi visto por interlocutores como uma crítica ao estilo que Zema tem adotado nas redes sociais, com um aumento no número de publicações críticas ao governo federal. Um exemplo recente ocorreu em fevereiro, quando o governador publicou um vídeo em que comia uma banana com casca, criticando uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A publicação gerou debate e foi compreendida por alguns como parte de uma divulgação nacional por meio de ações que geram repercussão.
No texto, Groppo cita exemplos de políticos que aliaram boas gestões a estratégias de comunicação digital, como João Campos (Recife), Topázio Silveira Neto (Florianópolis) e Alysson Bezerra (Mossoró), destacando que gestões bem avaliadas foram determinantes para os resultados eleitorais de 2024. Ele também relembra o sucesso de Zema em 2022, sugerindo que a performance digital é importante, mas que, na decisão do eleitor, os resultados reais valem mais do que curtidas.
