A leitura de aliados de Damião sobre o revés da Prefeitura de BH em votação na Câmara

Análise de veto a programa sobre prática de esportes na infância e na adolescência era tida como ‘termômetro’ na PBH
plenário veto
Resultado da votação deverá apressar mudanças na articulação entre a Prefeitura e a Câmara. Foto: Cristina Medeiros/CMBH

A decisão da maioria dos vereadores de Belo Horizonte de derrubar o veto do prefeito licenciado Fuad Noman (PSD) a um projeto sobre o incentivo à prática de esportes por parte de crianças e adolescentes obrigará o núcleo de articulação política do Executivo municipal a recalcular a rota. Esse, ao menos, é o diagnóstico de aliados do prefeito em exercício Álvaro Damião (União Brasil). O veto foi revisto nessa terça-feira (11), por 28 votos a 12.

De acordo com interlocutores da prefeitura, a sessão plenária que derrubou o veto de Fuad foi acompanhada com atenção na sede do Executivo. Pessoas próximas a Álvaro Damião avaliavam, antes da apreciação do veto, que o comportamento dos vereadores seria visto como um “teste”.

Fontes ligadas à prefeitura ouvidas por O Fator ficaram surpresas, por exemplo, com o recado enviado pelas bancadas de PT e Psol, que votaram pela derrubada do veto.

A favor da prefeitura, três notícias positivas. Após ajudarem a eleger Juliano Lopes (Podemos) presidente da Câmara, Janaina Cardoso (União), Marilda Portela (PL) e Wanderley Porto (PRD) acompanharam a orientação do Executivo e opinaram pela manutenção do veto ao projeto.

A avaliação de fontes ligadas à Câmara Municipal é de que a prefeitura precisa agir rápido e começar a atender as demandas dos vereadores, sobretudo na nomeação de cargos comissionados na administração municipal. Aos parlamentares, os integrantes da articulação política da gestão municipal vêm se comprometendo a publicar a contratação dos novos servidores logo após o carnaval, na primeira semana de março.

Sem custo predefinido
O projeto sobre a prática de esportes institui um programa que ganhou o nome de “Jovem Atleta”. O autor da iniciativa é o ex-vereador Rubão (Podemos), que hoje atua como assessor de gabinete de Juliano Lopes.

À reportagem, Rubão afirmou que a criação do “Jovem Atleta” não representa a necessidade de excessivos investimentos financeiros por parte da prefeitura. Segundo ele, o texto da proposta não determina quanto o Executivo precisa investir por ano no programa.

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