Interlocutores da gestão Fuad Noman (PSD) intensificaram as conversas para “pressionar” vereadores que integram a base do prefeito na Câmara Municipal a votarem em Bruno Miranda (PDT) para presidir a Casa, na eleição interna que ocorrerá na próxima quarta-feira (1).
Segundo um dos agentes políticos que auxiliam a prefeitura na articulação, a ideia é “informar” os parlamentares que, em caso de apoio à candidatura de Juliano Lopes (Podemos), todos os servidores nomeados na prefeitura que possuam ligação com o vereador ou seu partido serão exonerados instantaneamente.
O Fator apurou que pelo menos dois partidos promoveram reuniões com vereadores que, em outubro, declararam apoio a Juliano Lopes. Os encontros ocorrem nesta quinta-feira (26).
Lopes, na semana seguinte da eleição de segundo turno, promoveu um jantar que reuniu, contando com ele, 24 vereadores que declararam, em vídeo, apoio ao seu nome para presidente da Câmara.
Já o adversário de Lopes na disputa, Bruno Miranda, que atuou como líder do governo Fuad na Casa pelos últimos anos, anunciou na terça-feira (24) que seria candidato.
Internamente, a prefeitura chegou a debater se iria ou não participar da eleição. Em um café com vereadores, o prefeito Fuad Noman chegou a comentar que não atuaria ativamente da disputa. Apesar disso, aliados políticos, passando principalmente pelo vice-prefeito eleito Álvaro Damião (União), não abriam mão de lançar uma candidatura própria.
Com a delicada situação de saúde do prefeito, demorou para que o grupo do prefeito se organizasse para de fato lançar uma candidatura. Desde então, nos últimos dias, a busca por votos tem se intensificado.
A eleição ocorre na manhã da próxima quarta-feira, dia da posse dos parlamentares. Será eleito o candidato que tiver maioria simples – 21 vereadores.