A Polícia Legislativa da Assembleia de Minas Gerais está preocupada com a atuação de um grupo criminoso oriundo de São Paulo que passou a agir em Belo Horizonte. Os homens têm circulado pelos arredores da sede do Parlamento, na Região Centro-Sul da capital e, de bicicleta, furtam iPhones. No último dia 8, a corporação, que trabalha na segurança de deputados estaduais, servidores e da estrutura física da Assembleia, emitiu comunicado alertando parlamentares e funcionários sobre o grupo criminoso.
Em meio ao caso, o deputado Sargento Rodrigues (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, se incomodou com o fato de ter descoberto os roubos apenas por meio do texto. Ele diz que a Polícia Legislativa precisaria ter avisado formalmente o colegiado do assunto, para que o grupo pudesse ajudar, por exemplo, com a convocação de audiência pública com representantes das polícias Civil e Militar.
Segundo informações repassadas à Polícia Legislativa por outras forças policiais, os suspeitos andam em trios. Um integrante do grupo identifica a possível vítima. A etapa seguinte, concretizada por outro componente da quadrilha, é a subtração do celular. Depois, um terceiro aparece e se oferece para perseguir o autor do furto.
“Os furtos não são exclusivos de iPhones, já que outros grupos atuam na região. É preciso ficar atento e não portar objetos de valor, que são sempre alvos da ação de assaltantes”, lê-se em trecho do texto.
O comunicado da Polícia Legislativa é intitulado “Redobre a atenção ao caminhar na região da ALMG” e está disponível no sistema de informações internas utilizado por servidores e deputados.
“O aumento no número de furtos no bairro Santo Agostinho demanda atenção e cuidado. A Polícia Militar tem registrado roubos de celulares, motos e outros objetos de valor. A Diretoria de Polícia Legislativa tem atuado em parceria com a instituição para combater esse tipo de ação”, aponta o texto.
A crítica de Sargento Rodrigues
Na quinta-feira (14), durante sessão da Comissão de Segurança Pública, Sargento Rodrigues afirmou que soube dos furtos quando o comunicado da Polícia Legislativa foi compartilhado por uma assessora no grupo de WhatsApp que reúne trabalhadores de seu gabinete.
“Como um fato dessa gravidade acontece no entorno (da Assembleia) e a Comissão de Segurança Pública não é comunicada formalmente?”, criticou.