De janeiro a maio a ANS aplicou 186 multas a planos de saúde por suspensão e rescisão contratuais, um total de R$ 10,2 milhões em multas. Dessas, 142 multas foram por rescisão unilateral indevida, da ordem de R$ 7,9 milhões – sendo cinco delas referentes a beneficiários com transtorno do espectro austista (TEA), um total de R$ 270 mil.
As rescisões unilterais indevidas estão no centro do escândalo que motivou o pedido da CPI dos Planos de Saúde.
Os números foram enviados pela ANS a O Fator. Ela não mandou ainda números mais atualizados.
O total de multas por rescisão contratual nos primeiros cinco meses deste ano é uma fração pequena do total de multas no período, de mais de R$ 273 milhões.
Até 11 de junho, as operadoras mais multadas por rescisão unilateral indevida foram IBBCA (30 multas), NotreDame Intermédica (14 multas) e SulAmérica (8 multas).
Segundo dados fornecidos pelos planos de saúde à própria ANS, o setor fechou 2023 com lucro líquido de R$ 3 bilhões. Dá e sobra para pagar multinhas.
Enquanto isso, Lira ainda não deixou a CPI dos Planos de Saúde decolar.