A bancada do PL na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vive uma crise que se acentuou entre segunda-feira (2) e esta terça-feira (3). Segundo apurou O Fator, a hipótese de Gustavo Santana, filiado ao partido, ser substituído pelo correligionário Bruno Engler na liderança de um dos blocos de apoio ao governo Zema na Casa, pode gerar uma espécie de “efeito cascata”.
Incomodado com o movimento que poderia culminar na substituição por Engler, Santana acenou, nos bastidores, com a possibilidade de pleitear a 1° Secretaria da Mesa Diretora da Casa, hoje ocupada por Antônio Carlos Arantes — também filiado ao PL. A eleição dos postos de comando do Parlamento, aliás, será nesta quarta-feira (4).
Nos bastidores, conforme soube a reportagem, a chance de Santana deixar a liderança do bloco é tratada como algo real. Favorito a sucedê-lo, Engler tem, inclusive, o aval de Arantes para tentar buscar o posto de líder. Apesar disso, o martelo ainda não foi batido.
Há, ainda, a possibilidade de o PL deixar o bloco governista, que conta com outros partidos, como PRD e PSDB, e atuar como bancada, a exemplo do que aconteceu em 2022.
O PL tem 11 dos 77 assentos da Assembleia Legislativa. Enquanto Santana pertence a um grupo que está na agremiação desde os tempos em que a sigla era chamada de Partido da República (PR), Engler compõe a ala ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Assim como nessa segunda-feira (2), quando noticiou pela primeira vez a possibilidade de troca na liderança da coalizão, a reportagem fez contato com Gustavo Santana e Bruno Engler. Em caso de resposta, este texto será atualizado.