As avaliações de base e oposição após a aprovação da reforma administrativa de Fuad

Texto que cria quatro novas secretarias recebeu aval Legislativo em segundo turno nesta segunda-feira (2)
Os vereadores Bruno Miranda e Fernanda Altoé
Os vereadores Bruno Miranda e Fernanda Altoé. Foto: CMBH/Divulgação

A aprovação em segundo turno, nesta segunda-feira (2), da reforma administrativa enviada pelo prefeito Fuad Noman (PSD) à Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), gerou sentimentos divergentes entre os vereadores da capital mineira. De um lado, parlamentares governistas afirmam que o Executivo fez valer da força conquistada a partir da reeleição de Fuad para emplacar mudanças na estrutura da administração pública. Do outro, opositores acreditam que as alterações podem diminuir o papel do Legislativo nos próximos quatro anos.

Se, no primeiro turno, o texto foi aprovado por 35 votos a 4, desta vez, o placar foi de 33 a 6. Três das manifestações contrárias vieram da bancada do Novo, composta por Bráulio Lara, Fernanda Pereira Altoé e Marcela Trópia. A eles, se juntaram Cláudio do Mundo Novo (PL), Fernanda Borja (DC) e Wilsinho da Tabu (Podemos).

O cerne da reforma está na criação de quatro novas secretarias: Segurança Alimentar e Nutricional, Mobilidade Urbana, Administração Logística e Patrimonial e Secretaria-Geral.

O líder de Fuad na Câmara, vereador Bruno Miranda (PDT), comemorou o resultado, ressaltando que muitas entre as propostas aprovadas foram amadurecidas durante a campanha. Segundo ele, a reeleição deu legitimidade às alterações junto à população e, consequentemente, entre os parlamentares.

“O prefeito já buscava fazer alterações na estrutura administrativa da Prefeitura. Durante as eleições, a apresentação do projeto acabou se tornando um compromisso de campanha, e o conteúdo da reforma é fruto, inclusive, dos diálogos que o prefeito manteve com os belo-horizontinos enquanto candidato”, afirmou. 

Já para Fernanda Altoé, as vitórias do governo na Câmara, conquistadas após as eleições, garantirão ‘carta-branca’ ao prefeito durante todo o segundo mandato. 

“Não temos mais um Parlamento independente. Com a aprovação do empréstimo de 50 milhões de euros no fim de novembro (para obras do Move), e agora com a definitiva aprovação da reforma, a prefeitura não precisará mais da Câmara nos próximos quatro anos. Tudo que era de fundamental interesse do prefeito já está garantido”, opinou.

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