Lideranças da Assembleia Legislativa mineira são quase unânimes ao avaliar as chances do governo Zema conseguir privatizar as empresas Cemig e Copasa até 2026.
O Fator conversou com deputados estaduais e líderes nesta quarta-feira (13): na avaliação da maioria dos entrevistados, a Copasa tem muito mais chances de ser privatizada do que a Cemig, no que depender de votos de parlamentares da ALMG.
Até por isso, o governo Zema de fato estuda enviar, em breve, um projeto que propõe a venda da estatal de saneamento e abastecimento. Apesar de meses de discussão sobre uma possível federalização da Copasa, o governo mineiro avalia que a legislação federal sobre a federalização de estatais estaduais não daria “incentivos” a mais do que a privatização. Ou seja, entre as duas possibilidades para captar receita, o Estado deve mesmo preferir anunciar a Copasa ao mercado.
Enquanto isso, um projeto para vender a Cemig é muito mais improvável – a expectativa, inclusive, é que o governo nem tente.
Na avaliação de uma liderança da Casa, a privatização da Cemig é “quase impossível” por conta da receita que a empresa gera ao Estado e pela identificação da população com ela. Apesar disso, um outro parlamentar, também influente junto aos colegas, adota um tom que tudo pode mudar por conta do serviço prestado.
“Sempre achei impossível, mas o serviço anda tão ruim, principalmente na base política, que é perigoso votarem pela privatização por causa disso”, conta o parlamentar, em anonimato, que relata estar aguardando há quase três meses a instalação de um transformador em um galpão de sua propriedade.