Lucas Ragazzi
A mineradora Vale anunciou ao mercado duas relevantes atualizações: a nomeação de novo vice-presidente executivo de Finanças e a atualização das projeções de desembolsos relacionados a Brumadinho e Mariana.
Segundo a empresa, pelo acordo de Brumadinho, a Vale deve terminar 2024 tendo repassado R$ 10,9 bilhões, distribuídos em: R$ 2,7 bilhões para descaracterização de barragens, R$ 6 bilhões para acordos de reparação e R$ 2,2 bilhões em despesas incorridas. Os valores apresentam tendência de redução gradual nos anos seguintes, chegando a R$ 3,8 bilhões após 2028.
Em relação a Mariana, que teve o novo acordo assinado na última sexta-feira (25), a mineradora projeta desembolsos iniciando em R$ 5,4 bilhões em 2024, atingindo pico de R$ 10,9 bilhões em 2025 e diminuindo progressivamente até R$ 1,6 bilhão em 2030. Estes valores incluem as contribuições da Samarco para a repactuação.
O plano de descaracterização se estenderá até 2035, com média de R$ 1,1 bilhão anuais entre 2028 e 2035. Os acordos de Brumadinho, que incluem reparação integral, indenizações individuais, trabalhistas e emergenciais, além de trabalhos de remoção de rejeitos, devem continuar até 2030.
A companhia ressalta que as projeções são estimativas baseadas em dados hipotéticos e podem sofrer alterações devido a fatores de mercado fora de seu controle.
Outra novidade anunciada foi a aprovação pelo Conselho de Administração do executivo Marcelo Bacci como novo vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores, com início previsto para 2 de dezembro. Bacci, que atuou nos últimos 10 anos na mesma função na Suzano S.A., substituirá Murilo Muller, que ocupava o cargo interinamente.
A propósito, a mineradora também prepara uma novidade em sua diretoria de Relações Institucionais. É aguardado que, nos próximos dias, a Vale confirme o nome do jornalista Kennedy Alencar para assumir a pasta. Com passagem por diversas redações em Brasília, Kennedy tem bom trânsito com o Palácio do Planalto.
