Na discreta reunião com interlocutores do Republicanos no final de fevereiro, o vice-governador Mateus Simões (Novo) chegou a sondar se o partido aceitaria dois cenários para caminharem juntos na eleição para governo de Minas Gerais em 2026.
Pelo que O Fator apurou, Mateus teria convidado o deputado federal Euclydes Pettersen, presidente do Republicanos em Minas, para ser seu candidato a vice. O parlamentar recusou a ideia – Euclydes prepara para organizar sua pré-campanha ao Senado, principal ambição para 2026.
O vice-governador também sondou a possibilidade de convidar o empresário Alex Diniz Coelho, primeiro suplente do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), para ser seu companheiro de chapa. A ideia também foi rechaçada na reunião.
Mateus e Cleitinho são pré-candidatos ao Palácio Tiradentes em 2026. Os dois participaram da reunião, que também teve as presenças de Pettersen de Celisa Laviola, ex-deputada estadual e assessora do vice-governador.
Procurada, a assessoria do vice-governador negou que tenham sido feito propostas ou pedidos, mas disse que Mateus torce pela aliança entre os partidos.
Como já mostrou O Fator, na reunião, todos os presentes concordaram que uma aproximação junto ao PL é essencial para que a articulação da direita funcione – e, para isso, é necessário manter conversas com os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Domingos Sávio (PL-MG), presidente da legenda bolsonarista no estado.
Uma possibilidade aventada é que PL e Republicanos integrem uma chapa com Mateus Simões como candidato ao governo – provavelmente à reeleição, uma vez que Romeu Zema (Novo) deve deixar o cargo até março de 2026 para preparar sua participação nas eleições ao Palácio Planalto.
A “bala de prata” do Novo para convencer os aliados a apoiarem Mateus como cabeça de chapa é justamente o fato que o vice-governador deve estar no comando do Executivo durante a campanha.