Asilos em vez de escolas: o pedido do presidente da AMM a prefeitos do Norte de Minas

Doutor Marcos Vinícius acredita que aumento da população idosa torna necessária a criação de espaços para acolher a terceira idade
Idoso utiliza o celular
Casas de acolhimento a idosos serão importantes em um futuro próximo, avalia presidente da AMM. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Doutor Marcos Vinícius, recomendou a prefeitos do Norte de Minas que as cidades não construam mais escolas, e sim instituições para acolher idosos. A sugestão foi feita terça-feira (18), em Montes Claros, durante o evento AMM nas Macros.

Segundo Marcos Vinícius, com a crescente redução do número de filhos por mulher em idade de procriar, a previsão é de que a população brasileira comece a decair a partir de 2042. Com isso, o prefeito que insistir em construir instituições de ensino irá investir em edificações que ficarão sem uso dentro de pouco tempo. “Não construam escolas”, reforçou o presidente da AMM aos prefeitos.

Para o presidente da AMM, que é médico geriatra, o ideal é que as prefeituras passem a injetar recursos em entidades de acolhimento à terceira idade, como creches capazes de receber os idosos com apenas um filho, que não pode cuidar dos pais durante o dia por ter de trabalhar. Nessas instalações, os filhos deixariam os pais pela manhã, buscando-os ao final do expediente, em modelo similar ao que hoje é feito com as crianças.

Ainda conforme Marcos Vinícius, as creches para idosos são importantes porque a estimativa de vida do brasileiro está aumentando continuamente. Assim, o país terá um contingente cada vez maior de pessoas idosas, que, consequentemente, vão demandar cuidados e atenção.

Em 1940, a expectativa de vida do brasileiro era de 45,5 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2023, passou para 76,4 anos.

A redução do número de matrículas no ensino fundamental já é registrada pelo Censo Escolar do Brasil, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas e Estudos Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação. De acordo com o Inep, houve, em todo o país, entre 2018 e 2022 queda no número de alunos do ensino fundamental.

Nas séries iniciais, a quantidade de matrículas caiu de 15,17 milhões para 14,53 milhões em todo o país. Nas séries finais, a redução foi de 12 milhões para 11,89 milhões.

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