Ausências de presidente do PT e deputado em convenção de Rogério Correia incomodam ala do partido

Cristiano Silveira e Reginaldo Lopes intensificaram agenda pelo interior e acabaram não indo em evento em BH
Cristiano Silveira e Reginaldo Lopes não compareceram à convenção do PT em BH. Foto: Divulgação/ALMG
Cristiano Silveira e Reginaldo Lopes não compareceram à convenção do PT em BH. Foto: Divulgação/ALMG

A ausência do presidente estadual do PT, Cristiano Silveira, e do deputado federal Reginaldo Lopes na convenção do partido em Belo Horizonte, no último domingo (4), não caiu bem para boa parte do petistas da capital. O evento marcou o lançamento e confirmação da candidatura de Rogério Correia à Prefeitura de Belo Horizonte, e interlocutores apontam que essa definição pode ter motivado as duas lideranças petistas a não comparecerem.

Reginaldo tem defendido há meses internamente no PT que o partido deveria apoiar a reeleição de Fuad Noman (PSD). O deputado tem boa relação com o prefeito e, inclusive, já o acompanhou mais de uma vez em agendas em Brasília.

Na avaliação de interlocutores petistas, essa divisão interna pode prejudicar a campanha de Rogério Correia, que, teoricamente, pode não contar com os esforços de Reginaldo – deputado federal mais votado do PT mineiro – e do presidente da legenda no estado, que é deputado estadual e ligado a Lopes.

A boa relação entre Fuad e Reginaldo é conhecida no meio político. Uma indicada pelo deputado federal, inclusive, é a responsável pela gestão das emendas parlamentares de vereadores dentro da Secretaria Municipal de Governo.

A propósito, a atuação dos dois petistas tem sido criticada não somente pelas questões em Belo Horizonte. Recentemente, Cristiano participou de uma convenção no interior de Minas que lançou um candidato a prefeito que não possui o apoio do PT na cidade.

Em contato com O Fator, auxiliares ligados a Reginaldo Lopes afirmaram que o deputado passou as últimas semanas atuando pelo interior do Estado, uma vez que, durante a relatoria da Reforma Tributária, votada no Congresso, o petista precisou se dedicar ao tema e ficou praticamente só em Brasília por meses. Os interlocutores minimizaram, ainda, qualquer existência de problema interno no PT, e apontaram que Cristiano participou do lançamento da pré-campanha de Rogério Correia em maio.

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