Jair Bolsonaro e os bolsonaristas estão rindo de nervoso porque olharam no espelho e viram Nicolás Maduro.
Em comício na terça (23), o ditador da Venezuela mentiu ao afirmar que o sistema eleitoral do Brasil não é auditável.
“Nos Estados Unidos? É inauditável o sistema eleitoral. No Brasil? Eles não auditam um único boletim de urna”, disse Maduro.
A jornalista Raquel Landim, corretamente, chamou o discurso de “fala bolsonarista de Maduro”.
Bolsonaro não gostou. Reagiu, em um de seus típicos tweets de várias linhas: “Maduro is my friend / kkkkkkkkkkkkk.”
Bolsonaro ri de nervoso. Ele e seus seguidores sempre sustentaram a mentira de que o sistema eleitoral brasileiro não seria auditável.
Sob o comando de Bolsonaro, militares sem coisa melhor para fazer verificaram boletins de urna, e publicaram relatório que “não excluiu a possibilidade de fraude”.
Bolsonaro também não estava rindo quando o partido dele e de Valdemar entrou com petição no TSE para roubar dezenas de milhões de votos, baseando-se na fantasia divulgada pelo blogueiro argentino Fernando Cerimedo de que as urnas mais velhas não seriam auditáveis. Era a loucura absoluta: o TSE malvado e petista, quem diria, teria introduzido urnas novas (as consideradas “boas” pelos bolsonaristas) em vez de simplesmente manter apenas as urnas velhas.
Bolsonaro pode fingir desconforto com a companhia de Maduro, mas não pode evitar o próprio reflexo.