O café domina a pauta de exportações mineiras para a União Europeia, como mostra estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) publicado nesta sexta (13) e produzido a pedido de O Fator sobre os impactos do acordo anunciado com o Mercosul.
De janeiro a novembro de 2024 as exportações mineiras para a União Europeia foram de US$ 5,81 bilhões, representando 12,8% das exportações brasileiras no período, diz o relatório.
Os produtos de maior destaque são café (63%), ferroligas (7%), minério de ferro (5%) e celulose (4%).
Já as as importações mineiras da União Europeia foram de US$ 2,8 bilhões, o que corresponde a 6,4% das importações brasileiras.
Os produtos de maior destaque da UE importados em Minas foram sangue, soros e vacinas para fins terapêuticos (8,9%), partes e acessórios de veículos (5,7%), peças para motores de ignição (5%) e medicamentos embalados (4,8%).
O relatório da Fiemg constata que como Minas “concentra massivamente suas exportações no café” isso pode “expor a receita do estado a flutuações de mercado”.
E recomenda: “É necessário aproveitar o acordo para diversificar a pauta e não torná-la ainda mais concentrada”.
Sob os termos do acordo, que foi fechado na sexta passada (6) mas ainda não assinado por líderes dos países, o café em diversas formas (verde, torrado e solúvel) terá tarifa zero em sete anos.