O número de cargos privativos de generais do Exército Brasileiro é equivalente a 57% do total de generais da ativa no Exército americano.
Uma portaria publicada nesta terça (18) pelo Ministério da Defesa atualizou a lista de cargos privativos de oficiais-generais nas três Forças.
São 161 cargos exclusivos para generais do Exército, entre eles os de 6º Subchefe do Estado-Maior, Chefe do Centro de Capacitação Física, Diretor de Contabilidade, Diretor de Obras Militares e dezenas de postos de comandante. Na lista anterior, publicada em novembro, eram 160. O cargo incluído hoje é o de Chefe da Assessoria de Planejamento e Gestão da Secretaria de Economia e Finanças.
O número de cargos supera o número previsto de generais da ativa, que é de 149, como consta no mais recente decreto presidencial sobre o assunto, assinado por Lula no mês passado.
O Ministério da Defesa não respondeu a O Fator sobre a discrepância entre o número de cargos e o número previsto de generais, nem se existe a intenção de promover mais coronéis a generais no futuro para preencher esses cargos.
A assessoria de imprensa do Exército também não respondeu às nossas perguntas.
Um documento do Pentágono, de acesso público, mostra que em setembro de 2024 o Exército dos EUA tinha um total de 282 generais na ativa, sendo 13 deles de quatro estrelas.
O Brasil reserva ainda 112 cargos para oficiais-generais da Aeronáutica, e 96 cargos para almirantes da Marinha.
Nos EUA, a Força Aérea tinha em setembro um total de 242 oficiais-generais na ativa, e a Marinha, 215 almirantes.
Portanto, os cargos privativos de oficiais-generais na Aeronáutica equivalem a 46% do total de generais na Força Aérea americana, e comparando as Marinhas essa proporção é de 44%.
Os Estados Unidos têm ainda duas forças que o Brasil não tem: os Fuzileiros Navais (Marines), com 96 generais na ativa, e a Força Espacial, com 28.
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