O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, prepara o lançamento de um livro sobre filosofia da arte e teoria e história da arquitetura, com foco na evolução do barroco desde suas origens europeias até sua expressão única no Brasil colonial. A obra, que está em fase final de edição pela Editora C/Arte, tem previsão de lançamento ainda em 2024.
O livro de Oliveira mergulha profundamente na evolução da arte e arquitetura barroca, traçando suas origens européias e em espacial, da escola Alemã até sua expressão única no Brasil colonial. Com um estilo acadêmico rigoroso, mas acessível, a obra explora a complexa trama de influências culturais, religiosas e artísticas que moldaram o barroco luso-brasileiro.
Um dos focos principais do livro é a análise detalhada da arquitetura religiosa barroca, especialmente os templos. Oliveira examina minuciosamente a evolução das plantas de igrejas, fachadas e elementos decorativos, desde os modelos portugueses até as inovadoras adaptações brasileiras.
O secretário dedica atenção especial ao desenvolvimento do barroco em Minas Gerais, no entanto, segue pelo modernismo mineiro, seja pela semana de arte moderna ou pela Pampulha, até as culturas que originaram Brasília, sempre no sentido e compreender o contemporâneo, com o rigor histórico. As culturas, defende Oliveira, forjaram a fé e foram criadas por elas e plasmadas nas artes do que ele chama de “artes da fé” , destacando como a descoberta do ouro e a participação da sociedade civil e seus grupos étnicos, levaram a uma expressão artística mais livre e inovadora na região e que influenciou forma contumaz a arte moderna de Brasília como extrato da brasilidade.
A obra também aborda temas filosóficos mais amplos, como a dualidade entre o classicismo renascentista e o teocentrismo medieval que caracterizou o período barroco e soltas pela modernidade. Oliveira explora como essas tensões se manifestaram na arte e arquitetura da época.
O livro promete ser ricamente ilustrado, com descrições detalhadas de importantes edificações barrocas, modernas e contemporâqnea no mundo e no Brasil. Oliveira analisa elementos arquitetônicos específicos, como o uso de escadarias, jardins e a integração dos templos com o espaço urbano e sua relação mais que litúrgicas, na nossas terras, multiculturais.
Além disso, a obra contextualiza o desenvolvimento artístico dentro do panorama histórico mais amplo, discutindo o papel da Contrarreforma, da Companhia de Jesus e da expansão colonial portuguesa na formação do barroco luso-brasileiro.