O deputado estadual Bim da Ambulância (Avante) fechou um acordo e vai pagar mais de R$ 377 mil ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para encerrar as investigações sobre suspeita de “rachadinha” em seu gabinete na época em que foi vereador em Belo Horizonte, entre 2013 e 2022. A Justiça homologou o Acordo de Não Persecução Cível (ANPC) na última sexta-feira (6).
A investigação, iniciada em 2015, apurava denúncias de que Bim contratava servidores e terceirizados para seu gabinete na Câmara sob a exigência de que parte de seus salários fosse devolvida. A suspeita era de que os valores arrecadados eram utilizados para pagar funcionários e despesas da empresa Bim Resgate, pertencente à família do deputado.
Procurado, o deputado afirmou que a denúncia era anônima e sem fundamento, alegando que não havia provas contra ele. “Foi uma denúncia anônima, sem fundamento, sem nada de prova contra mim. Acusaram de rachadinha, naquela época que todo mundo estava sendo denunciado de rachadinha, era a modinha. Esse inquérito já tinha dez anos e não tinha nada, mas achei melhor encerrar de vez essa história”, disse o deputado. Bim explicou que optou por fazer o acordo para arquivar o inquérito, “ficar livre e com o nome limpo” e conseguir comprar uma arma de fogo para proteção pessoal. “Eu acelerei pelo arquivamento, no acordo que eles propuseram, e vida que segue”, concluiu.
No acordo firmado com o MPMG, Bim da Ambulância se comprometeu a restituir R$ 377.602,40, valor correspondente à remuneração bruta de assessores parlamentares e terceirizados, corrigido monetariamente até junho de 2024. Além disso, deverá pagar uma multa civil de 10% sobre o valor a ser restituído. O pagamento será realizado em 48 parcelas mensais.
Como garantia do cumprimento do acordo, o deputado ofereceu um imóvel em Belo Horizonte.
Além do acordo na esfera cível, Bim firmou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o MPMG, também pela investigação sobre a “rachadinha”. No acerto, o deputado se comprometeu a prestar serviços à comunidade ou entidade pública por 14 meses