A CCJ da Câmara aprovou nesta quarta (4), por 38 x 24, requerimento para adiar a votação de um projeto de lei que dá a Minas mais um deputado federal.
O adiamento foi proposto por Bacelar (PV-BA), um dos vice-líderes do governo Lula. A Bahia, estado dele, perderia dois deputados com o projeto, caindo de 39 para 37.
O projeto atualiza os tamanhos das bancadas dos estados de acordo com o Censo 2022. Trata-se de uma obrigação prevista na Constituição, mas os tamanhos das bancadas não são atualizados desde 1993.
O principal prejudicado pela atualização é o Rio de Janeiro, que perderia quatro deputados. Já Pará e Santa Catarina ganhariam quatro deputados cada.
Os deputados dos estados que perdem, especialmente o RJ e estados do Nordeste, querem mais tempo para a discussão, e chegaram a cogitar aumentar o número total de deputados, criando mais vagas em vez de remanejar as que existem.
Durante a sessão, Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) orientou voto “sim” pelo adiamento. Ele não disse o porquê.
Entre os mineiros, votaram pelo adiamento o próprio Lafayette e também Patrus Ananias (PT).
Já Dandara (PT) e Pedro Aihara (PRD) votaram contra o adiamento.
No bloco bolsonarista, 9 votaram contra o adiamento. A favor votaram apenas três deputados que são do RJ mais Fernando Rodolfo, de Pernambuco, que perderia um deputado.
O coordenador da bancada mineira no Congresso, Luiz Fernando Faria (PSD-MG), antecipou a O Fator na semana passada que a votação ficaria para o ano que vem.