Guilherme Jorgui
A disputa entre dois integrantes do PT de Minas Gerais pelo comando da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados se arrasta há algumas semanas sem previsão de definição. No centro do embate, pleiteando a presidência do colegiado, estão os deputados Rogério Correia e Dandara Tonantzin.
No mais recente capítulo da disputa, ocorrido nessa terça-feira (11), uma reunião da bancada petista terminou sem consenso sobre o assunto, porque nenhum deles se dispôs a abrir mão do plano de presidir o comitê. Em meio à indefinição, aliados de Dandara demonstraram incômodo com a postura que Rogério teria adotado na reunião. Segundo um interlocutor ouvido por O Fator, o deputado federal teria citado uma suposta falta de experiência da colega como impeditivo para a indicação dela à função.
Se o impasse persistir, a bancada do PT terá de promover uma votação entre Dandara e Rogério. Independentemente do nome escolhido pela legenda, os petistas terão o comando da Comissão de Educação, já que há acordo entre as lideranças da Câmara a respeito da divisão dos assentos nos comitês.
Defensores da indicação da deputada para o posto ainda se amparam na tese de que é preciso dividir espaços de destaque. O grupo pró-Dandara afirma que Rogério já teve papel proeminente em recentes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) de projeção, como a que investigou os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, e a que apurou as causas do rompimento da barragem de mineração do Córrego do Feijão, em Brumadinho, no ano de 2019.
O Fator fez contato com Rogério Correia. O parlamentar afirmou que conversará com a reportagem depois que a bancada petista entrar em um consenso sobre a indicação à presidência da Comissão de Educação. Dandara também foi procurada, mas não retornou aos contatos. O espaço segue aberto.
