Ex-secretária faz acordo, e Kalil se torna único réu em ação por corrupção passiva

Processo acusa ex-prefeito de BH de ter contratado ilegalmente uma pesquisa eleitoral para as eleições de 2022
A denúncia acusa Kalil de solicitar indevidamente uma pesquisa de opinião sobre suas chances como candidato ao governo de Minas em 2022. Foto: Divulgação
A denúncia acusa Kalil de solicitar indevidamente uma pesquisa de opinião sobre suas chances como candidato ao governo de Minas em 2022. Foto: Divulgação

O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (sem partido) vai se tornar o único réu na ação criminal por suposto esquema de corrupção envolvendo a contratação ilegal de uma pesquisa eleitoral em 2021. A mudança ocorreu após a ex-secretária municipal Adriana Branco assinar um acordo de não persecução penal com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na última semana.

Assim que o acordo for homologado pela Justiça, Adriana Branco será retirada do rol de réus do processo. A decisão deixa Kalil como o único acusado formal na ação criminal.

A denúncia acusa Kalil de solicitar indevidamente uma pesquisa de opinião sobre suas chances como candidato ao governo de Minas Gerais em 2022. Segundo a acusação, a pesquisa teria sido custeada por uma empresa de publicidade contratada pela prefeitura, configurando possível crime de corrupção passiva.

A ação é fruto de um inquérito instaurado em 2021. A documentação da Prefeitura de Belo Horizonte, que baseou a petição inicial, foi enviada pelo ex-chefe de gabinete de Kalil, Alberto Lage, ao MPMG.

Outras três pessoas envolvidas no caso não foram denunciadas por terem celebrado Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público antes da ação ser enviada à Justiça: Alberto Lage; o ex-secretário e deputado estadual, Adalclever Lopes; e o proprietário da agência publicitária envolvida.

A investigação aponta que a pesquisa, no valor de R$ 60 mil, teria sido contratada pela agência publicitária, então prestadora de serviços de publicidade para a Prefeitura de Belo Horizonte. O Ministério Público alega que a solicitação da pesquisa foi feita de forma irregular, usando recursos e influência do cargo público para fins eleitorais privados.

O processo segue em andamento na Justiça estadual.

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