Prevista para esta semana, a volta do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Brasil após período de férias no exterior deve ajudar a acelerar o processo de nomeações no primeiro escalão da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Antes do recesso de Pacheco, aliados do senador, correligionário do prefeito licenciado Fuad Noman, solicitaram a Álvaro Damião (União Brasil), vice-prefeito e chefe interino do Executivo municipal, que não anunciasse novos secretários em fevereiro.
Pacheco terá participação nas articulações com os partidos que apoiaram a reeleição de Fuad. Na secretaria municipal de Esportes e Lazer, por exemplo, PSDB e Solidariedade seguem disputando a indicação do titular da pasta. Os tucanos buscam emplacar Reinaldinho Oliveira, ex-vereador e primeiro suplente da federação com o Cidadania na Câmara Municipal. Já o Solidariedade defende a nomeação de José Francisco Filho, o Pelé do Vôlei, que já atuou no governo de Minas Gerais.
Outro posto ainda indefinido é o de coordenador de Vilas e Favelas, cargo criado após a aprovação da reforma administrativa em dezembro de 2024. Partidos como PT, PDT e Cidadania mantêm diálogo com o núcleo político da prefeitura, mas ainda sem definição sobre os espaços que terão na segunda gestão liderada por Fuad.
Na sexta-feira (7), a prefeitura ganhou fôlego na interlocução com a Câmara Municipal. O veto de Fuad a uma emenda de Wagner Ferreira (PV) para acelerar a nomeação de 600 candidatos remanescentes no último concurso da Guarda Municipal foi mantido com a aprovação de 27 parlamentares. Apenas oito vereadores votaram pelo aval à emenda.
Desde janeiro, há, nos bastidores da prefeitura, uma disputa por espaço e autonomia entre os grupos políticos de Damião e Fuad. De parte a parte, o clima de “guerra fria” entre as diferentes alas é visto como um obstáculo que precisa ser superado.