Guilherme Peixoto
Júlio Soares
O vereador Juliano Lopes (Podemos) foi eleito, nesta quarta-feira (1°), o novo presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). O parlamentar venceu pleito ocorrido após a posse dos 41 integrantes da nova legislatura. Vice-presidente da Casa nos últimos dois anos, Juliano derrotou Bruno Miranda (PDT) para chegar ao comando do Parlamento.
Aliado do secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro (PP), Juliano vai presidir a Câmara de BH até o fim de 2026. A vice-presidência ficará com Fernanda Pereira Altoé, do Novo. A chapa do político do Podemos conquistou 23 votos, ante 18 da de Bruno, líder do governo do prefeito reeleito Fuad Noman (PSD) no mandato passado. Interlocutores do Executivo municipal, como o vice-prefeito Álvaro Damião (União Brasil), por exemplo, foram fiadores da candidatura de Bruno.
A Mesa Diretora terá, ainda, as presenças de Flávia Borja (DC), como 2° vice-presidente, Pablo Almeida (PL), como secretário-geral, Wagner Ferreira (PV), como 1° secretário, e Wanderley Porto (PRD), como 2° secretário.
Ex-árbitro de futebol, Juliano Lopes é presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF) e tem formação em Educação Física. Ele atua na Câmara Municipal desde 2013 e tem a região do Barreiro como principal reduto eleitoral.
Reviravoltas de última hora
Os dias que antecederam a escolha dos componentes da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal foram marcados por mudanças de lado de vereadores e tentativas de última hora de virar votos. Janaína Cardoso, do União Brasil, partido do vice-prefeito Álvaro Damião, por exemplo, não votou em Bruno Miranda, candidato apoiado pelo correligionário. Ainda na semana passada, ela declarou apoio a Juliano Lopes.
Já Lucas Ganem, colega de partido do presidente eleito, resolveu caminhar ao lado de Bruno Miranda.
Na reta final das articulações, aliados de Juliano tentaram convencer o PT, que terá uma bancada de quatro representantes, a mudar de lado. Os petistas, entretanto, ratificaram a posição de apoio a Bruno, ainda que Wagner Ferreira, do PV, partido com quem o PT forma uma federação, tenha votado na chapa liderada pelo vereador do Podemos.
